Archive for the ‘DCE UFPR’ Category

Com a UNE e os Movimentos Sociais na disputa do Governo Lula!

terça-feira, outubro 23rd, 2007

Por João Paulo Mehl*

 

Entre os dias 28 e 30 de setembro ocorreu o XI congresso dos Estudantes da UFPR na Fazenda Experimental Canguiri da UFPR. A acertada decisão de realizar o congresso em lugar afastado de Curitiba trouxe excelentes resultados: grande presença estudantil(mais de 200 estudantes); debates mais intensos e permanentes e a integração entre as diferentes forças políticas.

Os estudantes da UFPR reforçaram a necessidade de unidade no Movimento Social e Estudantil, rejeitando o divisionismo e reafirmando a importância do fortalecimento da UNE – União Nacional dos Estudantes e da CMS – Coordenação dos Movimentos Sociais.

A avaliação de conjuntura, sempre muito aguardada apresentou importantes novidades para a condução da política da entidade. Foi com grande acerto que o ME da UFPR aprovou com cerca de 2/3 dos delegados a compreensão que a primeira vitória de Lula foi resultado de um acumulo de forças dos movimentos sociais e da esquerda brasileira e representou a derrota da elite conservadora do país, mas reconhecendo que elegemos um governo cheio de contradições, executando políticas avançadas e conservadoras. O congresso definiu ainda que a segunda vitória de Lula, ainda maior nas eleições de Outubro/06, foi acompanhado de uma forte demarcação ideológica voltada a um projeto de governo popular.

Seguida a esta avaliação vem a indagação sobre a forma que os movimentos sociais devem se portar. O congresso deixou claro que não vamos esperar as coisas se resolverem através canetadas, mas através da autonomia dos movimentos com muita mobilização e luta. Esta conjuntura, segundo o congresso, exige dos movimentos sociais uma postura firme quanto ao papel a ser desempenhado em relação ao governo. A divergência entre as políticas adotadas pelos governos e as reinvidicaçoes sociais preocupam todos os segmentos da esquerda do país, o que exige ainda mais dos movimentos sociais a necessidade de refletir, propor, debater sobre alternativas, sobre novos modelos de gerir o estado e de como estabelecer as novas relações sociais aliado a um projeto educacional emancipador.

Este congresso representa uma grande vitória para o Movimento Estudantil brasileiro. É hora e momento para articularmos uma ampla unidade entre os movimentos sociais e as juventudes do Brasil e da América latina para garantirmos uma postura mais autônoma aos rumos propostos pelo governo, combatendo duramente o adesismo e o oposicionismo.

Vamos todos juntos, lutar por uma Reforma Política sólida que balançe as corrompidas estruturas do nosso País, vamos pra cima para garantir educação pública pra todo mundo, vamos que vamos pra acabar com a desigualdade em nosso pais!

* João Paulo Mehl é estudante de administração e faz parte do DCE através do conselho de ensino, pesquisa e extensão da UFPR.

OPORTUNISMO X COMPROMISSO

sexta-feira, junho 29th, 2007

Por João Paulo Mehl

Neste último dia 28 de junho, cheguei logo cedo no CCE – Centro de Computação Eletrônica – em solidariedade aos servidores da UFPR que, por conta da greve, ocupavam o local. Fui como estudante e representante do DCE UFPR, já que em todas as instâncias possíveis da UFPR o apoio estudantil à greve dos servidores técnicos administrativos da UFPR e do nosso país havia sido legitimado.

Na minha chegada encontrei um aluno que raivosamente esbravejou para mim: “Vocês do DCE são uns OPORTUNISTAS, OPORTUNISTAS!”. Fiquei chocado com a atitude e, ingenuamente, perguntei: “POR QUE OPORTUNISTAS, COMPANHEIRO?”. A resposta não veio neste momento, pois ele saiu em direção ao corredor. Porém, logo em seguida ele passou novamente, apontou pra mim e falou “OPORTUNISTA”… Fiquei um pouco sem jeito, sem entender direito e, até mesmo, constrangido. Pedi pra ele sentar um minuto para conversarmos, mas ele negou.

Na angústia de procurar respostas para tal acusação, acessei a internet para me certificar do significado da palavra “OPORTUNISTA”. Dentre as definições, estavam estas: “aquele que sabe tirar proveito das circunstâncias em dado momento em benefício de seus interesses”; “ aproveitador”; “aquele que espera a desgraça alheia para tirar proveito” . Agora, sentado na frente do computador, fico pensando e repensando onde eu e o DCE UFPR nos encaixamos nestas definições.

De início, pensei no R.U., fechado há semanas, prejudicando os estudantes. Depois lembrei do HC com seu funcionamento parcial e que atinge diretamente a comunidade. Em seguida o NAA que não emite os comprovantes de matrícula nem histórico escolar. Não conseguia lembrar de um exemplo em que conseguíssemos tirar algum tipo de proveito dessa situação. Segui pensando, pensando, pensando como eu, ou o DCE, estaríamos nos aproveitando do fato, já que os estudantes, diretamente afetados pela situação e o público que representamos, não está satisfeito. Portanto, a nossa posição não se adequaria a nenhuma das definições.

Porém caro colega, se oportunista para você é lutar junto dos trabalhadores quando o mais fácil é ceder e deixar tudo como está; se oportunista é apoiar o fechamento do RU como forma de dar visibilidade a uma luta justa, mesmo sabendo que a medida é altamente impopular e que prejudica (de imediato) todas as categorias; se oportunista é cancelar o maior evento do DCE, o Festival de Cultura pela importância que os técnicos tem na sua realização; se oportunista é ficar sem ônibus para ir ao congresso dos estudantes e, ainda assim, apoiar o movimento, mesmo sendo mais fácil blasfemar contra aqueles que reivindicam seus direitos; enfim, se oportunista é ter posição, é ter lado na sociedade e este lado ser o da justiça social, neste caso eu tenho que afirmar, isto é COMPROMISSO!

Assembléia Comunitária UFPR

domingo, abril 22nd, 2007

No dia do Servidor Público as 3 categorias realizaram a Assembléia Comunitária na UFPR

A defesa do funcionalismo público ecoou nos corredores da Reitoia da Universidade Federal do Paraná.

As tres categorias da Universidade – estudantes, técnicos e professores – se uniram para reivindicar a manutenção e ampliação dos direitos dos trabalhadores. O DCE UFPR se posicionou claramente em defesa dos Trabalhadores do Ensino Público, deixando claro que o DCE tem lado, que o DCE UFPR estará sempre presente nas lutas em defesa do ensino público e dos trabalhadores.

A Assembléia reforçou a máxima de que só a mobilização popular é capaz de pressionar pelas necessidades do povo brasileiro!

Vamos a luta!

Equivalência de disciplinas de outras Universidades

quarta-feira, março 14th, 2007

Processo 23075.034588/2006-21

Neste processo nos assustou mais uma vez o empenho do Coordenador do Curso de Engenharia Elétrica, Prof Raimundo Ribeiro para dificultar os processos dos estudantes.

O aluno Anderson Luis de Lima solicitou a equivalência da disciplina Engenharia e Segurança do Trabalho onde ele cursou e tirou a nota máxima na UTFPR e em mais este caso o referido professor apresentou parecer pelo indeferimento do aluno.

Solicitei vistas no processo na reunião do Pleno do CEPE e apresentei relato pelo deferimento do pedido, sendo aprovado pela ampla maioria dos votos, sendo apenas o voto do relator original contrário ao meu parecer. Novamente o referido professor prepara com bastante entusiasmo o recurso para não conceder a equivalência.

ESTUDANTES DE ELÉTRICA: REGRA N-2 PERTO DO FIM!

quarta-feira, março 14th, 2007

No dia 7 de fevereiro na Reunião da 3a Câmara do CEPE – Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão – os conselheiros discentes Alan Beletti (Eng. Civil) e João Paulo Mehl (Administração), representantes do DCE UFPR, contestaram, em conjunto com outros conselheiros, a importância da Regra N-2 para o curso de Engenharia Elétrica – o único da UFPR que possui tal regra.

A regra impede a matrícula de matérias do currículo do um semestre se os estudantes tiverem reprovações ou matérias atrasadas de um semestre dois períodos anteriores, gerando uma grande rede de dependências.

No nosso entendimento o fim da regra é fundamental para a flexibilização curricular, seguindo as diretrizes do PNE (Plano Nacional da Educação) e constituindo uma formação acadêmica e profissional satisfatória para o discente. Como resultado teremos uma queda na ocorrência de falta de vagas nas classes e alunos com baixíssima carga horária (inferior a mínima do curso), gerando um ciclo de dependências e não aproveitamento da capacidade desta universidade, além da falta de adaptação curricular dos alunos oriundos do Provar.

Acrescentado a isto, tem-se a legitimidade da Assembléia Geral dos Estudantes de Engenharia Elétrica organizada pelo DAEL (Diretório Acadêmico de Engenharia Elétrica), que democraticamente deliberou por uma adaptação currícular do curso, visando sua flexibilização e maior aproveitamento.

Tivemos uma vitória parcial, no entanto, o Coordenador do Curso, Prof. Raimundo Ribeiro recorreu a nossa vitória levando-a ao debate da próxima plenária do CEPE, onde teremos um novo embate, já que o referido professor tem se mostrado um exímio lutador, só não temos a certeza se é em prol dos alunos.
Esta luta demonstra que com vontade política e trabalho, o DCE pode lutar pelos estudantes da UFPR, e que, além das grandes formulações, o DCE tem que viver o dia a dia dos alunos, defendendo-os sempre que for justo e necessário!

Por Everton Gomes, João Paulo Mehl e Ticiano Bragatto

REFLEXÕES PARA UM DCE UFPR DEMOCRÁTICO, FORTE, REALIZADOR E DE LUTA

terça-feira, março 13th, 2007

Janeiro de 2006

Por João Paulo Mehl

 

1.O importante é o movimento: A gestão do DCE é mais importante do que os cargos dele; por isso, é fundamental uma boa gestão no DCE, que tenha a capacidade de envolver mais estudantes, de conquistar vitórias concretas. Assim, precisamos abrir um processo de compartilhamento de boas idéias para a gestão. Precisamos ter como meta a luta de verdade, democracia, participação, transparência, conquistas e debate.

2.Somos todos DCE! E é sobre esta bandeira que devemos nos debruçar para construir um DCE dinâmico e representativo. Precisamos ter claro que nossas posições são as posições do DCE, se o DCE estiver sendo atacado, somos nós os atingidos. Por isto é preciso ter unidade nas lutas, responsabilidade nas decisões e agilidade nas ações. Não temos tempo a perder, um ano de gestão é pouco para todos os projetos que sonhamos. Temos uma oposição sedenta por manchetes policiais, uma oposição que no primeiro deslize se aproveitará para buscar a desestabilização, não podemos nos iludir, será uma luta dura no campo político. É por isto que nossa união é fundamental para que este próximo período seja fértil.

3.Confiança: Precisamos olhar o companheir@ de chapa e te-l@ como parceir@ de luta. A compreensão pelo erro cometido, pela falha que “escapou”, pelo dia ruim que cada um tem, pela divergência pontual, pelo desencontro e pelo vacilo, pois todo mundo erra, alguns mais outr@s menos.

4.Participação: A democratização das decisões é sempre um desafio nas gestões do Movimento Estudantil. Nossa gestão tem na radicalização da democracia interna e com os demais atores da universidade um norte, no entanto, os instrumentos ainda não conseguem contemplar a maioria. Vejo como central a valorização dos espaços de discussão presenciais, a Sede do DCE deve ser nosso coração, mas também temos na INTRANET, liderada pelos companheir@s Diego, Karla e Sheilla (com a ajuda de outros tantos) uma importante e fundamental ferramenta para que decisões não sejam truculentas nem “autoritárias”.

5.União: Sem solidariedade não conseguiremos atingir nosso objetivo, de fazer a segunda melhor gestão da história (já que a primeira tem que ser a próxima). Só com colaboração, participação, solidariedade e união conseguiremos construir o DCE dos nossos sonhos.

6.Posição firme: Precisamos ser um campo político dirigente, capaz de pautar um debate que agite e mobilize os estudantes da UFPR, que seja capaz de levar para outros grupos a reflexão sobre nossa política, agregar-se a ela ou combate-la, mas para isto precisamos debater com sinceridade e desarmados, mas precisamos ser firmes pois não teremos trégua.

7.Política ou tática? A divergências são naturais e importantes para o crescimento coletivo. No entanto, vejo em nossa gestão uma confusão entre divergências políticas e divergências táticas, a primeira é certamente incontornável mas pouco comum, a segunda, ocorreu em alguns momentos dentro de nossa gestão, quanto decisões foram tomadas sem o consentimento de todos, ocorreu principalmente pelo motivo de serem em início de gestão e o grupo ainda não estar “azeitado”. Reivindico que os companheir@s que se colocam sempre do lado oposto reflitam um pouco mais para que atritos desnecessários sejam superados, sob pena de se tornarem adversários do coletivo e acabarem isolados.

8.Partidos Políticos. Medo e desconhecimento, estas talvez sejam as palavras que melhor retratam a relação de boa parte dos estudantes em relação aos partidos políticos. Muitas vezes os partidos são colocados como o principal inimigo do movimento estudantil, sendo inclusive objeto de oposição simplória de pequenos grupos que se reúnem para combate-los no ME, acreditando que sem eles o ME avançará mais.
No entanto, mau sabem que os partidos são organizações sociais, que organizam a sociedade e os movimentos sociais, que tem como fim a melhoria da sociedade através do seu ângulo e por via institucional, sendo o instrumento dos mais diversos movimentos, tendo as mesmas distorções que qualquer organização.
Precisa ficar claro para nossa gestão que o problema não são os partidos nem os militantes partidários – que optaram por abraçar outras lutas e não apenas a do ME – , mas sim aqueles que tem como objetivo a promoção pessoal e de grupos específicos. Ressalto também que a promoção pessoal e de grupos não é demérito, mas deve ser conseqüência do avanço da entidade.

9.TESÃO. Garra, vontade, paixão, amor para lutar por uma sociedade igualitária, justa, onde tod@s tenham oportunidade, com educação emancipadora e libertária para tod@s.

10.Os Melhores? Talvez, mas não estamos aqui para sermos os melhores, isolados na melhoria. Sabemos que ou essas modificações são uma decisão coletiva dos diversos campos do movimento, ou servirão apenas para nossa alegria isolada. E como estamos aqui para transformar de verdade, não nos serve uma alegria isolada. Precisamos contaminar o Movimento Estudantil com esse debate de que “IMPORTANTE É O MOVIMENTO”.

11.Oposição. A oposição tem procurado caracterizar nosso grupo como uma Máfia, como os pilantras. E acreditem, a oposição tem a proposta de levantar a bandeira ANTI-DCE. É certo que a política buscada por um setor da oposição é da destruição da entidade, vão adotar práticas para minar nossa força nos centros acadêmicos e com os estudantes, vão preparar materiais para nos atingir e tudo mais que possa afetar nossa gestão, não podemos nos enganar! Vamos precisar construir um conselho político que prepare reuniões, organize os CEBs, articule com os Centros Acadêmicos para que os ataques sejam neutralizados e que nosso grupo esteja sempre preparado para os debates.