Janeiro de 2006
Por João Paulo Mehl
1.O importante é o movimento: A gestão do DCE é mais importante do que os cargos dele; por isso, é fundamental uma boa gestão no DCE, que tenha a capacidade de envolver mais estudantes, de conquistar vitórias concretas. Assim, precisamos abrir um processo de compartilhamento de boas idéias para a gestão. Precisamos ter como meta a luta de verdade, democracia, participação, transparência, conquistas e debate.
2.Somos todos DCE! E é sobre esta bandeira que devemos nos debruçar para construir um DCE dinâmico e representativo. Precisamos ter claro que nossas posições são as posições do DCE, se o DCE estiver sendo atacado, somos nós os atingidos. Por isto é preciso ter unidade nas lutas, responsabilidade nas decisões e agilidade nas ações. Não temos tempo a perder, um ano de gestão é pouco para todos os projetos que sonhamos. Temos uma oposição sedenta por manchetes policiais, uma oposição que no primeiro deslize se aproveitará para buscar a desestabilização, não podemos nos iludir, será uma luta dura no campo político. É por isto que nossa união é fundamental para que este próximo período seja fértil.
3.Confiança: Precisamos olhar o companheir@ de chapa e te-l@ como parceir@ de luta. A compreensão pelo erro cometido, pela falha que “escapou”, pelo dia ruim que cada um tem, pela divergência pontual, pelo desencontro e pelo vacilo, pois todo mundo erra, alguns mais outr@s menos.
4.Participação: A democratização das decisões é sempre um desafio nas gestões do Movimento Estudantil. Nossa gestão tem na radicalização da democracia interna e com os demais atores da universidade um norte, no entanto, os instrumentos ainda não conseguem contemplar a maioria. Vejo como central a valorização dos espaços de discussão presenciais, a Sede do DCE deve ser nosso coração, mas também temos na INTRANET, liderada pelos companheir@s Diego, Karla e Sheilla (com a ajuda de outros tantos) uma importante e fundamental ferramenta para que decisões não sejam truculentas nem “autoritárias”.
5.União: Sem solidariedade não conseguiremos atingir nosso objetivo, de fazer a segunda melhor gestão da história (já que a primeira tem que ser a próxima). Só com colaboração, participação, solidariedade e união conseguiremos construir o DCE dos nossos sonhos.
6.Posição firme: Precisamos ser um campo político dirigente, capaz de pautar um debate que agite e mobilize os estudantes da UFPR, que seja capaz de levar para outros grupos a reflexão sobre nossa política, agregar-se a ela ou combate-la, mas para isto precisamos debater com sinceridade e desarmados, mas precisamos ser firmes pois não teremos trégua.
7.Política ou tática? A divergências são naturais e importantes para o crescimento coletivo. No entanto, vejo em nossa gestão uma confusão entre divergências políticas e divergências táticas, a primeira é certamente incontornável mas pouco comum, a segunda, ocorreu em alguns momentos dentro de nossa gestão, quanto decisões foram tomadas sem o consentimento de todos, ocorreu principalmente pelo motivo de serem em início de gestão e o grupo ainda não estar “azeitado”. Reivindico que os companheir@s que se colocam sempre do lado oposto reflitam um pouco mais para que atritos desnecessários sejam superados, sob pena de se tornarem adversários do coletivo e acabarem isolados.
8.Partidos Políticos. Medo e desconhecimento, estas talvez sejam as palavras que melhor retratam a relação de boa parte dos estudantes em relação aos partidos políticos. Muitas vezes os partidos são colocados como o principal inimigo do movimento estudantil, sendo inclusive objeto de oposição simplória de pequenos grupos que se reúnem para combate-los no ME, acreditando que sem eles o ME avançará mais.
No entanto, mau sabem que os partidos são organizações sociais, que organizam a sociedade e os movimentos sociais, que tem como fim a melhoria da sociedade através do seu ângulo e por via institucional, sendo o instrumento dos mais diversos movimentos, tendo as mesmas distorções que qualquer organização.
Precisa ficar claro para nossa gestão que o problema não são os partidos nem os militantes partidários – que optaram por abraçar outras lutas e não apenas a do ME – , mas sim aqueles que tem como objetivo a promoção pessoal e de grupos específicos. Ressalto também que a promoção pessoal e de grupos não é demérito, mas deve ser conseqüência do avanço da entidade.
9.TESÃO. Garra, vontade, paixão, amor para lutar por uma sociedade igualitária, justa, onde tod@s tenham oportunidade, com educação emancipadora e libertária para tod@s.
10.Os Melhores? Talvez, mas não estamos aqui para sermos os melhores, isolados na melhoria. Sabemos que ou essas modificações são uma decisão coletiva dos diversos campos do movimento, ou servirão apenas para nossa alegria isolada. E como estamos aqui para transformar de verdade, não nos serve uma alegria isolada. Precisamos contaminar o Movimento Estudantil com esse debate de que “IMPORTANTE É O MOVIMENTO”.
11.Oposição. A oposição tem procurado caracterizar nosso grupo como uma Máfia, como os pilantras. E acreditem, a oposição tem a proposta de levantar a bandeira ANTI-DCE. É certo que a política buscada por um setor da oposição é da destruição da entidade, vão adotar práticas para minar nossa força nos centros acadêmicos e com os estudantes, vão preparar materiais para nos atingir e tudo mais que possa afetar nossa gestão, não podemos nos enganar! Vamos precisar construir um conselho político que prepare reuniões, organize os CEBs, articule com os Centros Acadêmicos para que os ataques sejam neutralizados e que nosso grupo esteja sempre preparado para os debates.