Obesidade infantil e a industria de alimentos

Podem me chamar de aproveitador, mas não quero nem saber…. vou aproveitar a matéria abaixo para comentar rapidamente sobre o mercado de alimentos nas escolas.

Lá no meu tempo de colégio eu já ficava meio chocado, ainda com pouca visão das consequencias reais mas com uma certa noção (já que meus pais sempre estimularam a boa alimentação), e já me surpreendia com alguns colegas que sempre tinham várias fichas para a cantina, esta, cheia de salgadinhos, frituras, refrigerantes e tudo o que uma criança gosta (alias, qualquer um gosta de saborear uma boa gordura).

Eu estudei no Positivo, uma escola particular toda cheia de “onda”, e que com certeza tem entre os seus mandamentos(em primeiro lugar) o mesmo da TAM…”nada substitui o lucro”

Pois então, era um absurdo, toda aquela comilança disponível, sem nenhum controle. Eles nunca mudaram, e acho que só mudam se houver alguma lei regulamentando isto tudo. Um pouco mais pra frente descobri que todas as cantinas do colégio e da Universidade eram da mesma rede….é, nem saúde substitui o lucro.

 

Pesquisa aponta obesidade em crianças de Curitiba – 06/08/2007

Estudantes de escolas particulares estão no topo da lista no excesso de peso

Uma pesquisa realizada com 448 crianças de seis a 14 anos aponta que obesidade, colesterol alto e anemia são distúrbios nutricionais cada vez mais comuns em estudantes de escolas particulares e públicas de Curitiba. O estudo foi apresentado pela nutricionista, farmacêutica e mestre em medicina interna, Lucyanna Kalluf, no Congresso Internacional de Nutrição Clínica e Funcional. De acordo com a pesquisa, 21% dos alunos estão acima do peso e 7,5%, obesos. Já o colesterol alto foi detectado em 10,2% e a anemia em 10,6% dos estudantes avaliados. O excesso de peso foi ainda maior em estudantes de escolas particulares (69,9%), contra 30,1% dos alunos da rede pública de ensino. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade é considerada a epidemia do século XXI e cresceu em níveis alarmantes entre as crianças.

Dieta – De acordo com a nutricionista, a obesidade, o sobrepeso e o colesterol alto indicam que as famílias não possuem hábitos alimentares saudáveis e que as crianças entre seis e 14 anos de idade estão numa faixa etária de “esquecimento” preventivo. A solução apontada pela pesquisadora é estimular, cada vez mais, a ingestão de alimentos ricos em substâncias saudáveis para o desenvolvimento de crianças e adolescentes, sempre descartando o consumo de alimentos industrializados.

Indicado – No Paraná, desde 2004, as cantinas e lanchonetes das escolas públicas são proibidas de comercializarem alimentos que estimulem os maus hábitos. O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) elabora um cardápio adequado para desenvolvimento saudável dos alunos. Porém, a nutricionista e gerente de alimentação da Secretaria de Estado de Educação de Curitiba, Sirlei Molleta Valaski, afirma que “não é só a escola responsável, as mudanças de hábitos também precisam ocorrer em casa”.

Fonte: (Gazeta do Povo-PR, p. 10 – Tatiana Duarte – 5/8)

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